Para entender a filosofia moderna é necessário entender a
filosofia que a precedeu -- a medieval e, até certo ponto, a filosofia antiga.
Embora
haja consideráveis diferenças entre a filosofia antiga e a medieval, e mesmo
entre as diversas correntes que constituíram uma e outra, é possível detectar
uma certa tendência básica naquilo que poderíamos chamar de "filosofia
pré-moderna", e que engloba elementos básicos de uma e de outra.
Para
a filosofia pré-moderna, em primeiro lugar, a existência daquilo que na
filosofia moderna se convencionou chamar de "mundo exterior" (a
realidade externa à nossa mente) não é um problema. Para ela, é pacífico que
existe um mundo fora de nossa mente, que é objeto de nosso conhecimento. Isso
não precisava ser demonstrado, porque não havia se tornado um problema.
Para
a filosofia pré-moderna, a realidade contém objetos e fatos. Objetos são coisas
e fatos são estados de coisas. Tanto objetos como estados de coisas existem, na
realidade: eles são descobertos, não constituídos.
A filosofia pré-moderna não duvida de que tenhamos conhecimento da
realidade: ela é plenamente confiante no conhecimento humano. Na verdade a confiança
é tanta que ela pode falar, sem embaraço, em milagres. não tem maiores
problemas com o conceito de milagre. Um milagre é um evento que, se ocorrer,
viola ou suspende a ordem objetiva existente na realidade. Para a filosofia
pré-moderna, milagres, se de fato existem, acontecem a nível da realidade, e
não apenas de nosso conhecimento da realidade. Sua definição envolve referência
ao plano ontológico e metafísico, não apenas epistemológico. Milagre não é
apenas um nome para nossa ignorância da ordem (como diria Spinoza mais tarde):
o milagre é uma violação ou suspensão da ordem objetiva existente na realidade.
Por isso é que se acreditava que eles eram de sua importância: se de fato
existem, eles provam alguma coisa. Falar em milagres, porém, não quer dizer
acreditar neles. Se realmente acontecem ou não é outra questão. Nem todos os
filósofos pré-modernos acreditavam que milagres aconteciam. Mas não tinham
dificuldade com o conceito.
Para
a filosofia pré-moderna, por fim, a pedagogia é o processo através do qual a
criança é levada a conhecer e a descobrir fatos, é o processo de condução do
sujeito ao objeto.
Pior do que isso: às vezes sonhamos, ou temos alucinações, e
imaginamos ver coisas que não estão lá. O que é que garante que não estamos
sempre sonhando ou alucinando? O cético começa a duvidar, não só de que temos
conhecimento adequado da realidade, mas mas da própria existência de uma
realidade por detrás de suas idéias. Pode ser que estejamos sempre sonhando ou
alucinando!As tendências básicas da filosofia pré-moderna começam a ser
colocadas em questão.Um outro evento que ajudou a questionar as bases da
filosofia pré-moderna foi a reforma protestante do século XVI.Em um aspecto
importante, a reforma protestante colocou em questão o problema do critério de
verdade religiosa (Popkin, cf Kenny).Em outro aspecto importante, e
relacionado, a filosofia pré-moderna, como vimos, acreditava que, partindo dos
sentidos, era possível chegar ao conhecimento de uma realidade que transcende
os sentidos: a chamada realidade supra-sensível (ou o que comumente se chama de
"sobrenatural"). Em geral, acreditava-se que era possível ter
conhecimento de Deus (por exemplo) pela chamada "via natural", ou
seja, através da razão humana refletindo sobre os dados fornecidos pelos
sentidos.
Olá Tiago. A filosofia moderna aquela baseada na filosofia de René Descartes, ciênica da natureza Galileu que René não via como bons olhos.A nova idéia doconhecimento entre a observação,experimento e razão.Deu inicio o que nos temos hoje a modernidade passou delinear melhor os limites do estudo filosófico.
ResponderExcluirOlá Tiago. René Descartes é conhecido como "o pai da filosofia moderna". Descartes tentou direcionar o estudo da filosofia para uma nova direção, recusando-se a aceitar os pensamentos que predominavam na época. Suas contribuições revolucionaram o estudo da filosofia.
ResponderExcluirOi Tiago. Para René Descartes a filosofia moderna, é tudo aquilo que está ao nosso conhecimento, ou seja é o objeto do qual pode ser visto é real ao nosso conhecimento, não meramente uma imaginação ou suposição do que possa vir acontecer.
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