quinta-feira, 17 de maio de 2012

Teoria dos dois mundos


Platão busca solucionar o problema dos pré-socrá ticos, em especial o da disputa entre Heráclito. Que acredita no movimento como sondo o que é o real, e Parnienides que, desenvolvendo o "teoria do ser" dentro de um argumento lógico, nega estatuto ontológico ao movimento. Com a teoria dos dois mundos, o mundo inteligível e o mundo sensível, Platão acredita que o problema está solucionado.

Aristóteles de Estagira (384-322 a.C.) aprende a teoria platónica na Academia. Torna-se o principal discípulo de Platão. Quando funda sua própria escola, o Liceu, desenvolve o ensino da filosofia de Platão, da qual inicia uma revisai; crítica. Paulatinamente, volta ao problema da disputa entre Heráclito e Parmenides, acreditando então que a solução de Platão não e suficiente.

O impasse que se cria entre a ideia defendida por Heráclito - que se trata de ilusão acreditar que as coisas são estáveis - e aquela sustentada por Parmênide - que a mutabilidade é uma ilusão - parece a Aristóteles não  poder ser solucionada,  pela linguagem platônica de que o mundo mutável  (apreendido pelos sentidos) é uma imitação, uma cópia do mundo imutável (apreendido pela razão). Platão fala em mundo das formas e mundo material como ambientes distintos. Aristóteles mantém essa linguagem, mas localiza a forma e a matéria não em dois mundos de fato, e sim como duas características da mesma realidade, distintas apenas no pensamento humano. Para Aristóteles, não cabe à ideia de que as formas são causas das coisas materiais se, como Platão, alguém admite que a causa fica em um mundo e a matéria em outro. Para Aristóteles, as formas estão no mundo tanto quanto as coisas. As formas estão incorporadas nas coisas, no mesmo mundo, no mundo real visível.

Aristóteles continua afirmando, como Platão, que a forma é essencial, mas como natureza da coisa, relacionando-se com as coisas não pela ideia de cópia-e-realidade, e sim pela ideia de função. A matéria das coisas, em Aristóteles, é a substância, e cada substancia tem uma essência que é mais ou menos sua forma. Todavia, diferentemente de Platão, em Aristóteles essência e substancia não se separam. Se fossem para ser separadas, e poderiam ser, segundo Aristóteles, isto se daria em razão de que, no pensamento (e somente no pensamento), trabalha-se em sentido de fazer abstrações, análises.

Um comentário:

  1. Com a teoria de Platão dos dois mundos inteli-
    gível e o mundo sensível e o mesmo acha que o problema está solucionado, mas Aristóletes discí
    pulo de Platão não para por aí vai mais além dessa teoria em afirmar que essa teoria está no mundo tanto quanto as coisas, assim como as formas estão no mundo real e visível.

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